O Sindnapi acompanha com preocupação o aumento de casos de idosos diagnosticados com HIV, vírus da AIDS. E o assunto vem à tona agora graças ao Dezembro Vermelho, mês de prevenção contra a doença. Em 10 anos, entre 2012 e 2022, de acordo com informação do boletim epidemiológico, do Ministério da Saúde, divulgado em 2023, foram notificados 14.570 novos casos de HIV e 25.378 de Aids na população idosa, aumento de mais de 440%. Pelos registros, quase 16 mil morreram devido a doença.

A população idosa, com 60 anos ou mais, de acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, é a única, em todo o mundo, que apresenta aumento de mortes provocadas pela Aids.

Esses dados mostram a importância de se discutir o assunto. Principalmente porque o crescimento de mortes por Aids em idosos está ligado a principalmente à falta de informação. Os estigmas sobre a sexualidade da pessoa idosa e os desafios no tratamento devido a comorbidades comuns à idade avançada também são fatores que impedem o a busca por orientação médica e ao diagnóstico precoce, fundamental para o tratamento da infecção.

O estigma de que as pessoas idosas não são sexualmente ativas faz ainda com que as campanhas de prevenção não atinjam esse grupo de pessoas, o que impacta no aumento de casos.

Diante deste quadro, o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos – Sindnapi defende a implementação de políticas públicas específicas que incluam campanhas educativas, acesso facilitado a testagens e preservativos, além de promover debates para combater preconceitos, garantindo que os idosos tenham seus direitos à saúde preservados e possam viver com qualidade e dignidade.

A saúde e a qualidade de vida do aposentado e do idoso sempre foram pautas do Sindnapi, que busca, através de palestras, parcerias e atendimento, informar e oferecer condições para os associados se cuidar melhor.

Milton Cavalo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos – Sindnapi