Renê Gardim – da Assessoria de Imprensa

O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos – Sindnapi participou de uma manifestação que conseguiu liberar o trânsito de caminhos acima de 50 toneladas pela Rodovia Álvaro Maia (BR-319), que liga Manaus (AM) a Porto Velho, em Rodônia. Uma portaria do Dnit – Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte havia proibido a circulação de caminhões acima de 23 toneladas alegando falta de segurança na estrada.

De acordo com o diretor de Assuntos Previdenciários do Sindnapi, Carlos Cavalcante de Lacerda, que também responde pelas subsedes da entidade na Região Norte, essa foi apenas uma pequena vitória de um movimento que tem mobilizado a população de Roraima, Amazona e Rondônia. “Estamos lutando para que a BR-319 receba novo asfalto, pois a falta de manutenção tornou a estrada quase intransitável. Mas ela ainda é fundamental para os três estados”, garante.

Com a proibição determinada pelo DNIT, o custo do frete de produtos essenciais teve elevação de 40% em média, de acordo com Lacerda. “Além do mais, a outra opção, o rio Madeira, também apresenta problemas, especialmente nesta época de seca, quando o nível da água abaixa e a navegação não é possível”.

Na terça-feira (27) empresários, sindicatos e a população se reuniram em frente ao porto da Ceasa e fizeram uma carreata até o prédio do Dnit em Manaus para pedir a revogação da proibição. “A cidade já está sentindo o efeito da decisão. Além do desabastecimento, os preços dos produtos subiram demais”, afirma Lacerda.

Atualmente, uma viagem de uma carreta carregada de Porto Velho à Manaus leva cerca de cinco dias. Se o transporte for feito por via fluvial, leva 15 dias.