Sindnapi defende recomposição das aposentadorias acima do salário mínimo

Aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo terão reajuste de 3,71%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O indicador, que serve de base para a correção dos benefícios acima do salário mínimo, foi divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, cerca de 12,8 milhões de aposentados e pensionistas que recebem acima do salário mínimo, não terão aumento real, apenas a reposição da inflação. Já os beneficiários que recebem até um salário mínimo (26,1 milhões de pessoas) tiveram um reajuste de 6,71%, quase o dobro do índice.

Na avaliação Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos – Sindnapi,  a situação reforça uma injusta contra essa parcela da população, visto que o valor dos benefícios tem sido corroído ao longo dos anos.

Como alerta o presidente do Sindnapi, Milton Cavalo. “Nos últimos 15 anos, os benefícios acima do salário mínimo sofreram uma perda de, em média, 30%. É preciso que se adote uma medida que recompor o valor dos benefícios, que amargam um arrocho”, afirma o presidente Milton Cavalo.

Na tentativa de reverter esse cenário o Sindnapi lançou uma campanha em defesa da aprovação do Projeto de Lei 1.468/23, que estabelece o Adicional de Aposentadoria. De autoria do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), o projeto garante um reajuste adicional de 5% sobre aposentadorias e pensões a cada cinco anos.

O lançamento da campanha aconteceu dia 23/11 e reuniu no Sindnapi lideranças das Centrais Sindicais, de Confederações, Federações, Sindicatos e Associações, nacionais e internacionais, que manifestaram seu apoio à medida.

“Já estamos fazendo um trabalho de articulação junto aos parlamentares, em Brasília, para que esse Projeto de Lei avance e seja aprovado na Câmara para revertermos o quanto antes essa injustiça contra nossos aposentados e pensionistas brasileiros”, reforça Milton Cavalo.

(Foto: Reuters)